sexta-feira, 5 de abril de 2013

Proposta 1


Neste trabalho, o uso de elementos básicos da comunicação visual e manuseamento das técnicas são essenciais para transimitir as reações face à música.

Apesar da concordância em relação aos sentimentos, decidimos usar diferentes técnicas para mostrar a ampla dimensão da mensagem que transmite.

Eis o quadrado :


São vários os elementos básicos de comunicação visual presentes neste quadrado. Começando pelo mais simples, os pontos, eles aparecem em grande quantidade e tem um papel importante na transmissão da mensagem pois fazem parte das notas musicais desmanteladas, que representa o fim da relação que a música retrata e que tudo aquilo que fazia sentido antes, é um conjunto de destroços que parece impossível de recolocar no sítio. O mesmo se pode dizer para as retas presentes nas partes superiores e inferiores do quadrado, que perfazem o restante da nota musical.
Na parte central, entram em jogo a cor, a forma, a direção e o movimento, para além da linha e o ponto. A cor de determinados elementos tende a dar significado específico. Nestes casos, a cor azul mais escura representa o homem enquanto a cor-de-rosa representa a mulher. O círculo com fundo verde no primeiro elemento foi feito pois desempenha o mundo em que ambos pertenciam juntos, ao qual se sobrepõem os dois círculos (azul e rosa) que estão juntos, dentro desse círculo verde. Os pontos e formas que antecedem estes três círculos surgem de forma a dar a entender que uma coisa que começou de forma tão simples e singela, com o tempo foi crescendo e expandindo.

Continuando com esta análise da esquerda para a direita, a forma preta que se encontra no meio dos dois círculos cor-de-rosa e azul representa o fim do relacionamento e as formas cinzentas tem o intuito de mostrar um afastamento e um caminho divergente tomado por ambos a partir daí. A partir daí, nascem as dúvidas e as tentativas de conversas que não levam a lado nenhum pois a reconciliação parece irremediável, como tal, a representação gráfica é feita através da forma curvilínea e o ponto que dão a entender um ponto de interrogação e as três retas dispostas com um valor angular diferente, mostrando que o que é dito, dificilmente é assimilado por estarem ambos em comprimentos de onda diferentes.
De seguida, surgem duas setas que representam as direções diferentes que a vida de ambos estaria a tomar após o fim da relação, e para finalizar, as formas azuis têm como função desempenhar um papel de que está tudo a ir por água abaixo. Nesta parte final, este ultimo conjunto de elementos e em especial a cor ganham especial importância pois funciona como um resumo da relação deles. Começou como uma fonte de luz (centro da esfera), e foi escurecendo com o passar do tempo, até ao ponto em que esvaneceu totalmente e agora, começa-se a afundar num mar de tristeza e conflito, daí a cor azul das formas inferiores, que tendem a transmitir o movimento descendente da esfera.
De salientar ainda o uso de linhas simétricas e equidistantes umas das outras como fundo, representativa de um caminho trilhado que o casal da canção pensava ter mas cujos elementos (pontos e linhas das notas musicais) “abandonaram” essa regularidade e previsibilidade quando o seu relacionamento acabou.

Relativamente às técnicas de comunicação visuais presentes no quadrado, as que foram usadas são as seguintes:

Harmonia, presente no fundo do desenho, com as linhas simétricas e equidistantes.

Instabilidade, visível nos “pedaços” de notas musicais.

Assimetria, no que toca ao movimento que determinados elementos apresentam e emoções a eles associadas.

Irregularidade, presente em quase todo o quadrado, tendo em conta que quase nada se repete.

Simplicidade, no uso de elementos básicos como o ponto, a linha que quando juntos, obtêm significados específicos.

Fragmentação, na forma com os pontos e linhas estão distribuídos na parte superior e inferior do quadrado.

Atividade, representada nas setas que indicam movimentos divergentes.

Justaposição, relativamente aos elementos que representam o fim do relacionamento (forma a negro entre os círculos azul e rosa) e formas cinzentas que demonstram afastamento.

Episodicidade, que representa quase todo o quadrado, pois existe uma liberdade de movimentos dos elementos nele inseridos.


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O círculo é uma figura geométrica dotada de movimento, infinidade e para transmitir as múltiplas reações da melodia representei os elementos de modo a formar uma “espiral”. Essa direção irá ajudar ainda mais a perceção do infinito.



Achei oportuno criar uma espiral porque a situação que a música relata é atemporal e sucede inúmeras vezes ao longo da vida humana: uma paixão desmedida que cessa e causa um desgosto amoroso. Além disso o título “What Goes around”, o que anda à volta, foi a certeza final para prosseguir com esta ideia.
                Quanto aos elementos básicos da comunicação visual, decidi dar especial destaque à linha. A nossa vida é um conjunto de acontecimentos ocorridos ao longo da linha cronológica. Por mais otimista que sejamos quanto ao nosso destino jamais poderemos prever o que sucederá, podemos somente elaborar um “esboço”, por esse motivo era necessário linhas orgânicas obtidas através do desenho à mão e mantive o tom grafite do lápis para sugerir incerteza.
                Quando as pessoas estão “sozinhas” a sua vida tem pouca história, forma, por isso comecei a espiral usando a neutralidade como técnica de comunicação visual. Porém ao longo do tempo a vida ganha dimensão assim como o desenvolvimento do ritmo da música, inicialmente mais sereno ganhando uma batida cada vez mais forte.
                A certa altura um elemento externo, ou seja, um conjunto de linhas “invade” o círculo e provoca abalamento. Com isto pretendia fazer uma analogia à entrada de uma pessoa especial no nosso quotidiano. Quando o personagem de Justin conheceu Scarlett ficou eufórico e com a ajuda da Instabilidade, Irregularidade e Profusão consegui expressar movimento e inquietação.
Toda esta imagem tem Atividade, afinal a nossa jornada no mundo é de todo nada estática e uniforme.
Novas raízes aparecem e tornam a vida mais completa, mais dinâmica e é possível constatar que as linhas ganham mais notoriedade e convergem ao formar uma estrutura complexa.
Segundo o princípio organizativo, o ser humano tenta agrupar os elementos de forma a ficar semelhante a um todo que já conhece. Pretendi neste caso jogar um pouco com a mente humana. As pessoas ao observarem aquela rede complexa proferem que é similar a uma rosa. A rosa desabrochada é o símbolo da paixão e pretendi dar destaque a este elemento através do Exagero e Ousadia para enfatizar a importância do amor.
De um momento para o outro aquilo que outrora estava ramificado e conectado é desmantelado. Aqui utilizei as técnicas da Fragmentação, Acaso e Espontaneidade para evidenciar que quando um laço forte é quebrado há alienação e perda da orientação.
Com a ajuda das sombras dei ao desenho um sentido de profundidade onde os elementos parecem estar a cair num fosso. Um coração partido provoca essa sensação e desejo de sucumbir. A luz clara incute a ideia de morte devido a ditos da religião cristã sobre o fim da vida.
Essa luz também poderá ser interpretada como uma “Luz no fim do túnel”, ou seja, que a esperança não é efémera.
                Esta imagem poderá ser observada de forma descendente mas também Ascendente.
A luz representa o renascer e com o tempo somos capazes de nos integrar novamente e seguir o trilho até atingir a normalidade, que neste caso é entendida como sendo o início neutro da espiral.
                Senti necessidade de adicionar alguma cor para dar Ênfase à “Rosa” que é o elemento mais relevante.
Decidi fazer um degradê, começando por tons quentes/fogo como o amarelo, laranja e vermelho pois uma paixão ardente é associada a essa palete de cores.
No entanto, a cor vermelha vai escurecendo até ficar preta, simbolizando a morte do sentimento.
Inicialmente apenas a rosa ficaria com cor. Para a compreensão de que os elementos fragmentados eram oriundos da rosa pintei-os com caneta preta.

Eis o Resultado Final :






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