quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um olhar minucioso





Um close-up das cordas do extintor enroladas confere uma visão indubitavelmente mais pormenorizada dos elementos singulares que permitem identificar celeremente o “Todo”, de acordo com as capacidades cognitivas adquiridas.
                Vai além do ver, neste momento é necessário observar, analisar os elementos básicos da comunicação visual aqui presentes.
Exemplos são as linhas dispostas de modo sinuoso e mais adjacente, pequenos quadrados agrupados.
                Estes detalhes, aparentemente irrelevantes, concebem um novo meio de expressão. Para que essa comunicação seja efetuada de modo eficiente existem padrões, técnicas para enfatizar determinada emoção que a imagem nos irá causar.
                Nesta fotografia capturada na aula de DCV, é possível enumerar umas quantas técnicas que irão moldar a nossa perceção visual.
                O equilíbrio é a característica mais evidente. A disposição das linhas curvas com a mesma concavidade; a sua textura definida pela presença de quadrados, uma figura geométrica com dimensões laterais idênticas, já ela representadora de equilíbrio; e a coloração pálida e neutra transmite harmonia, pacificidade.
A regularidade no design favorece a uniformidade dos elementos e uma conjetura do padrão de ordem. O equilíbrio e regularidade aliados criam uma abordagem coerente e uniforme, capaz de prever os restantes elementos que compõe a imagem.
A simplicidade da parte, conseguida através da conjugação de todas as técnicas anteriormente referidas remove a complexidade, confusão que poderíamos sentir.
A técnica da economia está igualmente presente na fotografia, as unidades mínimas da corda que tornam a textura peculiar e sensata.
Por fim, apesar da imagem ser em 2D, o “jogo de luz” dá uma perspetiva à imagem e consequentemente uma sensação de profundidade.
                Começamos esta abordagem pelo que é normalmente feito no fim ou até nunca é notado. Numa primeira análise, qual a mensagem que esta imagem transmite?
Diria serenidade, simplicidade, uma imagem “3D”, etc. Mas o que lhe confere tais características? Precisamente as técnicas básicas da comunicação visual!
Em suma, não podemos descurar o papel das partes, se são estas que agrupadas criam o todo como nós o conhecemos.

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