Um close-up das cordas do extintor enroladas confere uma
visão indubitavelmente mais pormenorizada dos elementos singulares que permitem
identificar celeremente o “Todo”, de acordo com as capacidades cognitivas
adquiridas.
Vai
além do ver, neste momento é necessário observar, analisar os elementos básicos
da comunicação visual aqui presentes.
Exemplos são as linhas dispostas de modo sinuoso e mais
adjacente, pequenos quadrados agrupados.
Estes
detalhes, aparentemente irrelevantes, concebem um novo meio de expressão. Para
que essa comunicação seja efetuada de modo eficiente existem padrões, técnicas
para enfatizar determinada emoção que a imagem nos irá causar.
Nesta
fotografia capturada na aula de DCV, é possível enumerar umas quantas técnicas
que irão moldar a nossa perceção visual.
O equilíbrio é a
característica mais evidente. A disposição das linhas curvas com a mesma
concavidade; a sua textura definida pela presença de quadrados, uma figura
geométrica com dimensões laterais idênticas, já ela representadora de
equilíbrio; e a coloração pálida e neutra transmite harmonia,
pacificidade.
A regularidade no design favorece a uniformidade dos
elementos e uma conjetura do padrão de ordem. O equilíbrio e regularidade
aliados criam uma abordagem coerente e uniforme, capaz de prever os
restantes elementos que compõe a imagem.
A simplicidade da parte, conseguida através da
conjugação de todas as técnicas anteriormente referidas remove a complexidade,
confusão que poderíamos sentir.
A técnica da economia está igualmente presente na
fotografia, as unidades mínimas da corda que tornam a textura peculiar e
sensata.
Por fim, apesar da imagem ser em 2D, o “jogo de luz” dá uma
perspetiva à imagem e consequentemente uma sensação de profundidade.
Começamos
esta abordagem pelo que é normalmente feito no fim ou até nunca é notado. Numa
primeira análise, qual a mensagem que esta imagem transmite?
Diria serenidade, simplicidade, uma imagem “3D”, etc. Mas o
que lhe confere tais características? Precisamente as técnicas básicas da
comunicação visual!
Em suma, não podemos descurar o
papel das partes, se são estas que agrupadas criam o todo como nós o
conhecemos.

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